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O que é cultura organizacional e como ela impacta a retenção de talentos da empresa?

Criado em: 5 de fevereiro de 2021Atualizado em: 19 de agosto de 2022Categorias: Recursos humanos7 min de leitura

Você já parou para pensar sobre o que é cultura organizacional e o que leva um profissional a optar por continuar na sua empresa? Naturalmente, a comparação entre o salário recebido e a média do mercado é um fator importante, mas está longe de ser o único. Hoje, é notório o peso que outros elementos têm nesse tipo de decisão, a começar pelos benefícios oferecidos pelo emprego.

Mais do que isso, os colaboradores anseiam pelo reconhecimento profissional e valorizam empresas que oferecem excelentes condições de trabalho. Isso envolve não apenas os equipamentos disponíveis ou a organização do espaço produtivo, mas também o clima que dita o relacionamento entre todos os membros da organização.

Portanto, para entender como proporcionar isso aos seus colaboradores, você precisa compreender o que é cultura organizacional. Neste artigo, vamos definir o conceito, listar seus principais tipos e falar sobre o papel do RH no processo de construção desse ambiente. Sendo assim, ao final, você saberá como uma cultura organizacional forte facilita a retenção de talentos. Acompanhe!

O que é cultura organizacional?

Em primeiro lugar, a cultura organizacional pode ser definida como um conjunto de elementos compartilhados por todos os membros da companhia, estabelecendo, assim, toda a dinâmica das relações internas e externas. Ou seja, o conceito engloba uma série de itens como: visão, missão, valores, normas de conduta, crenças, ritos e hábitos.

Mas, a ideia é padronizar a identidade da empresa, diferenciando-a de outras companhias. Os elementos que compõem a cultura organizacional representam a forma que os colaboradores percebem o negócio, ditando, então, seu modo de agir, pensar, sentir e se relacionar com os outros membros das equipes.

Sendo assim, se bem implementado, esse conceito gera um ambiente homogêneo, em que todos os participantes funcionam de maneira completamente alinhada. Entre outros benefícios, isso garante um espaço de trabalho harmônico, o que é um diferencial importante na busca pelo aumento da produtividade.

Trata-se, também, de um conceito importante para reduzir a ocorrência de erros e preparar os colaboradores para lidarem com qualquer tipo de situação. Afinal, se todos agirem de acordo com as normas preestabelecidas, fica muito mais fácil encontrar soluções para todos os tipos de problema.

Quais são os principais tipos de cultura organizacional?

Lembra de que falamos que a cultura organizacional serve para criar uma identidade própria da empresa, diferenciando-a das demais? Pois bem, a partir disso você já deve imaginar que existe mais de um tipo de cultura organizacional, certo? Cabe à gestão e ao departamento de RH decidir qual formato é mais adequado ao negócio. A seguir, listamos os principais exemplos.

Cultura do poder

A cultura do poder já foi um dos modelos dominantes, mas hoje costuma ser mais presente em empreendimentos menores, até por conta de suas características. Sendo assim, nesse tipo de cultura organizacional, existe um grande senso de liderança concentrado em apenas um indivíduo, seja o dono, seja o gerente da organização.

Ou seja, o resultado é um ambiente propício à competição, o que nem sempre é saudável para o desenvolvimento e para a performance dos colaboradores. Além disso, como o poder é estabelecido de cima para baixo, esse modelo dificilmente trabalha com um fluxo de feedbacks, o que também limita a capacidade de crescimento do negócio.

Cultura de papéis

A cultura de papéis tem todo seu foco na separação eficaz das funções dos colaboradores. Em outras palavras, ela desenha níveis hierárquicos estáticos, com cada membro da equipe sabendo exatamente seu lugar e sua função na empresa. Isso resulta em rotinas de trabalho um tanto quanto engessadas, já que cada funcionário só realiza o que lhe é determinado.

Por fim, o nível de burocracia em uma cultura de papéis pode atrasar o desenvolvimento de processos e até dificultar sua otimização, afinal, sem a comunicação integrada de colaboradores e gestores, fica mais difícil descobrir insights para melhorias.

Cultura de tarefas

Essa é uma cultura que orienta os colaboradores a focar na resolução de problemas, dando mais liberdade para que atuem fora de funções específicas. A rotina de trabalho, embora possa ser estruturada, é flexível o suficiente para variar de acordo com acontecimentos e necessidades, como eventuais aumentos de demanda em um setor.

Ou seja, trata-se de um modelo que alcança altos níveis de motivação, já que os colaboradores são encorajados a compartilhar seus insights e propor soluções. Isso é favorável à criação de um clima organizacional eficiente e ao desenvolvimento de profissionais.

Cultura de pessoas

A cultura de pessoas, como o nome já sugere, coloca o foco da companhia nos indivíduos que a compõem. Uma empresa que adota esse modelo valoriza o capital humano, criando iniciativas para o desenvolvimento de profissionais e para a integração de equipes. A ideia é que, quanto mais capacitado e motivado estiver o colaborador, melhores serão os resultados produzidos por ele.

Geralmente, empresas com uma cultura de pessoas dão grande atenção aos insights trazidos pelos colaboradores e se esforçam para criar um ambiente de trabalho adequado. Além disso, buscam formas de investir no desenvolvimento da equipe, muitas vezes preparando-a para exercer outros tipos de cargo.

Qual é o papel do RH na formação dessa cultura organizacional?

O departamento de RH é peça central no desenvolvimento da cultura organizacional, principalmente na identificação do perfil dos colaboradores inseridos no negócio. Conhecer a fundo o que motiva os funcionários e o que pode ser feito para aumentar seu desempenho é um dos primeiros passos para estabelecer uma cultura frutífera.

A partir disso, o papel do RH é garantir que todos se adaptem efetivamente ao que é proposto, que passa pela comunicação interna. Durante os processos de onboarding, por exemplo, é fundamental que os recém-chegados sejam devidamente instruídos sobre os elementos que regem a cultura da empresa.

Qual a relação entre uma cultura organizacional forte e a retenção de talentos?

No início do texto, citamos os diferentes fatores que influenciam na retenção de talentos. Aqui, você já deve ter percebido que uma cultura organizacional forte cria um ambiente em que os colaboradores se sentem valorizados e motivados, o que é absolutamente fundamental para evitar a perda de talentos.

Afinal, se um colaborador percebe que é tratado como uma peça central pela empresa, podendo até se beneficiar de programas de treinamento e desenvolvimento, dificilmente ele vai querer buscar outras opções. Além disso, um clima de trabalho agradável gera uma satisfação profissional tão importante quanto outros benefícios.

Ao alcançar um patamar como esse, a empresa só tem a ganhar. Para começar, a taxa de turnover é reduzida, o que evita os gastos e dores de cabeça de um processo de desligamento e da busca por reposições. Em suma, com uma cultura organizacional forte e funcionários estáveis, os níveis de engajamento e produtividade são positivamente afetados.

Mas, agora que você sabe o que é cultura organizacional, entende que ela é um elemento imprescindível para a manutenção de talentos. Isso facilita a gestão de pessoas e gera um clima organizacional muito mais produtivo, potencializando os resultados alcançados pela empresa.

Ao longo do texto, elencamos a importância de capacitar seus profissionais. Quer saber mais sobre isso? Neste artigo, explicamos a diferença entre o treinamento e desenvolvimento de pessoas. Confira!

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