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Empatia no trabalho: qual a importância de olhar pessoas como pessoas?

Criado em: 18 de novembro de 2020Atualizado em: 19 de agosto de 2022Categorias: Desenvolvimento pessoal7 min de leitura

Compreender as emoções de outras pessoas é uma habilidade essencial no ambiente de trabalho. Permite resolver conflitos, aumentar a produtividade das equipes e melhorar o relacionamento com colegas de trabalho e clientes.

Normalmente, os profissionais estão focados em aprender novas habilidades técnicas para autodesenvolvimento e crescimento da carreira, mas não é raro deixar de lado as habilidades de relacionamento interpessoal, que é tão essencial quanto ser um expert em sua área de atuação.

Por isso, o departamento de RH precisa estar em constante sinergia com os gestores da empresa e fomentar estratégias de empatia no trabalho, para que, em todas as hierarquias, exista um tratamento humanizado, que torne o ambiente mais acolhedor e mantenha o clima organizacional positivo.

Então, vamos parar um minuto e olhar para o outro? Entenda, neste post, o poder que a empatia no trabalho tem em todas as esferas da organização.

O que significa ter empatia no ambiente de trabalho?

Para falarmos sobre a importância da empatia no trabalho, primeiramente é preciso compreender o que essa expressão significa.

Em linhas gerais, podemos dizer que empatia é a capacidade de reconhecer emoções e perspectivas de outras pessoas sobre uma situação e saber usar esse insight para melhorar o relacionamento com elas ou apoiá-las em situações desafiadoras.

Pense em como as interações são gratuitas e abertas com amigos e familiares próximos. Suas conversas são superprodutivas porque cada um se sente livre para se envolver totalmente.

Já no trabalho ou em outras interações cotidianas, somos naturalmente cautelosos. Retemos informações, não fazemos perguntas difíceis e é muito mais complexo tomar decisões ou resolver problemas. Isso geralmente leva a resultados inferiores.

A empatia é um dos principais componentes da chamada inteligência emocional, uma habilidade vital no mundo corporativo. Ela se desenvolve em três estágios. Entenda!

Empatia cognitiva

É a capacidade de perceber o que outra pessoa pode estar pensando ou sentindo, mas não envolve necessariamente emoções do observador. A empatia cognitiva pode ser muito útil, por exemplo, para que os gestores entendam os comportamentos e sentimentos de uma equipe, a fim de traçar o melhor estilo de liderança. Por outro lado, serve também para compreender o “humor” dos clientes e definir o tom mais eficaz de uma negociação.

Empatia emocional

Trata-se da capacidade de compartilhar os sentimentos mais profundos, criando relacionamentos genuínos entre os pares. Embora seja algo extremamente positivo, pessoas muito empáticas emocionalmente podem ter consequências negativas ao imergir nos problemas dos outros.

Por outro lado, quem está na liderança de uma equipe precisa desenvolver algum tipo de empatia emocional para estabelecer ações que combinem uma relação de confiança, honestidade e abertura com os liderados.

Empatia compassiva

Essa é a forma mais ativa de empatia, pois vai além de se preocupar com as dores de uma pessoa utilizando medidas práticas para reduzi-las. Digamos que um colaborador esteja chateado por ter tido um mau desempenho em algo importante. Reconhecer seus pontos falhos e oferecer apoio prático ou orientação para superar a situação pode ser algo valioso.

Quando trabalhamos felizes e sentimos que respeitamos e somos respeitados em um ambiente altamente positivo, os resultados que entregamos tendem a ser maiores e de mais qualidade. Nesse sentido, o RH deve estabelecer um programa de ações voltadas à inteligência emocional e empatia, com o intuito de desenvolver tais capacidades nos colaboradores, para aproximá-los ainda mais dos ideais da organização ― o que, de fato, reflete nos negócios.

Quais os benefícios de um tratamento humanizado dentro das empresas?

Confira, agora, alguns benefícios que o desenvolvimento da empatia pode gerar para a organização.

Mais satisfação

Quando entramos em um ambiente onde temos a certeza de que seremos bem tratados e respeitados, nossa energia se torna positiva e temos satisfação em fazer parte daquele grupo. Quando essa sensação de felicidade é projetada para a empresa, os colaboradores terão mais vontade de trabalhar e procurarão dar seu melhor para entregar resultados de qualidade e produzir mais.

Melhora do clima organizacional

Evitar conflitos interpessoais, fofocas e hostilidade na empresa é importante para que o clima organizacional se mantenha equilibrado. Quando se instala um clima de medo, egoísmo, autoritarismo e desconfiança, a empresa tem muito a perder, pois os colaboradores entram em uma posição de autodefesa constante.

Sendo assim, o trabalho deixa de fluir naturalmente e corre-se o risco de haver prejuízo por conta de erros, retrabalhos, perda de prazos, aumento da rotatividade de funcionários (turnover) e tensão interna.

Redução do estresse

Um ambiente sem estresse é um ambiente produtivo, em que as relações fluem de maneira orgânica e favorável. A diminuição do estresse favorece a relação de empatia entre os colaboradores e contribui para eles se sentirem acolhidos para resolver suas questões profissionais e, até mesmo, pessoais.

Um ambiente estressante, com pouca valorização dos colaboradores e muitas brigas, por exemplo, cria um cenário de alto risco para a empresa, já que isso também vai refletir no clima organizacional e, logo, nos resultados.

Demonstração de apoio

Como falamos acima, desenvolver a empatia permite abrir os olhos e se colocar no lugar do outro. Para o ambiente de trabalho, essa questão é importante para a compreensão de limitações, dificuldades e problemas de ordem pessoal e profissional. A partir disso, tanto colegas quanto líderes conseguem mais facilmente demonstrar apoio e encontrar formas de reverter situações adversas.

Ações positivas

Um ambiente de trabalho pautado pela empatia fomenta ações positivas entre os colaboradores. Além disso, facilita que os times se unam mais em torno das metas estabelecidas e trabalhem conjuntamente. Essas ações também se estendem ao incentivo mútuo e à valorização individual de cada colaborador ― um passa a vibrar com as conquistas do outro.

Estabelecimento de novas conexões

Embora empatia não seja o mesmo que “simpatia”, nem signifique o estabelecimento de amizades, inicialmente, ela, de fato, possibilita o surgimento de novas conexões e um tratamento mais caloroso. Quando alguém demonstra empatia por outra pessoa, a aproximação se torna mais fácil, ainda que seja para resolver questões práticas do cotidiano do trabalho, já que a relação de confiança fica mais evidente.

Leveza na execução do trabalho

Tudo que fazemos com leveza gera maior dedicação e resultados acima da média. A matemática é simples. Se estamos felizes e despreocupados, trabalhamos com mais foco e agilidade, logo a entrega de resultados é mais satisfatória.

O contrário também é verdadeiro. Em um ambiente hostil, onde paira a preocupação, as chances de a produtividade cair aumentam, pois as atenções estarão divididas com questões ― provavelmente ― menos importantes.

Como você pôde perceber, a empatia no trabalho é conquistada a partir de uma gestão humanizada. Então, fomente isso junto a seus líderes, procure conhecer o cenário interno e veja quais pontos estão entre os primordiais para a construção de um ambiente altamente favorável às relações interpessoais. Tenha em mente que o capital humano é o ativo mais precioso de sua organização. Portanto, garantir seu bem-estar é essencial para assegurar o engajamento dele com a empresa.

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